Era para ser apenas mais um treino. Uma simples atividade de rotina em campo, cercado de colegas e profissionais. Mas, para esse jogador, foi muito mais do que isso. Foi o reencontro com suas raízes, com a camisa que o viu crescer e, principalmente, com o amor que ele sente pelo futebol e por sua família.

Após anos longe do clube que o revelou, o craque está de volta ao Santos Futebol Clube. Em meio a aplausos, música e emoção, ele protagonizou uma coletiva de imprensa como nenhuma outra: rodeado por risos, carinho e a espontaneidade que só um reencontro sincero com o lar pode proporcionar.

Durante a entrevista, ele não escondeu a emoção. “Estar de volta, ao lado da minha família, onde cresci, é um sentimento indescritível”, disse, com os olhos brilhando. “Vocês sabem tudo o que passei. Jogar futebol com vocês por perto me dá força. Me sinto mais seguro.”

Não faltaram momentos de descontração. Em tom de brincadeira, foi perguntado qual a maior quilometragem que ele já percorreu em um dia – seja em campo ou correndo atrás da filha em casa. A resposta arrancou gargalhadas: “Em casa a gente corre, mas em Mangaratiba… lá a quilometragem é pesada! É muita atividade com ela, viu?”

Entre uma risada e outra, o jogador mostrou um lado pouco explorado nas grandes entrevistas: o humano. Quando perguntado sobre o que gostaria de ver nas perguntas da imprensa, ele foi direto: “Eu queria que dessem mais importância ao que realmente importa: o que acontece dentro de campo. É lá que eu sou eu. É lá que eu trabalho.”

E quando falamos de futebol, ele tem história. Do Santos ao Palmeiras, do Brasil ao mundo, foram vários “primes”, como ele mesmo disse. Mas foi no Palmeiras que sentiu seu auge futebolístico, o momento mais alto da carreira. Ainda assim, seu coração voltou para onde tudo começou.

A motivação? Não são os títulos ou os holofotes. É o amor. “O que me move é o amor que eu sinto pelo futebol. A vontade de estar em campo. Isso nunca vai acabar. Mas sei que um dia, quando eu não conseguir mais performar como quero, vai chegar a hora de parar.”

E quando esse momento chegar, ele já sabe o que vai fazer: dedicar-se totalmente à família. “Enquanto eu tiver esse tesão de jogar, você vai ter que me dividir, mozão”, disse olhando com carinho para a esposa.

O retorno desse ídolo ao Santos não é apenas uma movimentação esportiva. É uma volta às origens, um reencontro com a essência, com o que faz tudo valer a pena. Em um mundo onde a frieza dos negócios muitas vezes engole a paixão pelo esporte, esse momento lembra a todos nós do porquê amamos o futebol.

Entre gritos de “vamos!”, abraços sinceros, beijos carinhosos e lágrimas contidas, ficou evidente: esse retorno não é apenas de um jogador ao seu clube, mas de um homem ao seu lar.